Palavra-chave Memria

Um curta feito por Miguel Martinho para se apresentar em um coletivo de audiovisual. Descrito pelo diretor como uma forma de lembrar do passado enquanto novas memórias estavam sendo criadas na faculdade.

Uma rapariga deambula sozinha por uma casa vazia à procura de algo que já não existe.

A pioneira Francisca Brüning Schiroff pode ter sua vida celebrada através de diferentes esferas. Para a família, é filha, mãe e avó. Para os moradores de Graciosa, distrito no interior do Paraná, ela é uma referência enquanto professora e também uma feirante de mão cheia. Mas Francisca também é responsável por um acervo de valor inestimável: registros da vida e memória de toda a região. Da derrubada das matas para a construção da cidade à imagens das festas típicas que não existem mais. Entre cartas, fotografias e vídeos, o filme realiza um mergulho em sua memória afetiva, que inevitavelmente se entrelaça com a memória coletiva. À frente do seu tempo e uma agente de transformação em tudo que participou, Francisca nos ensina que as coisas boas da vida devem ser registradas – e compartilhadas.

Os vivos e os mortos falam da vida de um menino de três anos.

Uma sala cheia de memórias.

Registro os registros de dias bons porquê mesmo sem tê-los vivido, sinto falta. Só no silêncio cabe o tamanho da saudade de algumas coisas.